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Um dia, caminhando próximo a minha casa, deparei-me com uma visão dantesca: um enorme boneco de papier-mâché abandonado em um terreno baldio, vizinho de um ginásio de esportes. Era um arlequim usado para decoração de carro alegórico no carnaval. Estava perneta e o pé decepado jazia ao seu lado no chão de terra batida. O boneco, deitado de costas, elevava suas pernas semi-flexionadas no ar e fitando o nada, dedilhava seu alaúde. Sua roupa era medieval e espalhafatosa. Medieval era também o bizarro chapéu que adornava a sua cabeça. O local onde ele fora indigentemente largado era em si mesmo uma locação perfeita. A areia, repleta de grãos multiformes construindo texturas delicadas intercaladas por tufos de mato, recobria sua superfície. Sacos pretos de lixo e outros detritos compunham o pano de fundo. Fotografei esse cenário mais de uma dezena de sessões, sempre com a luz suave do entardecer. Sua imagem calhou para dar corpo a este ensaio que, a princípio, intitulei de cena brasileira. Mudei depois para brasiliana. E agora, que a finalizo, acrescento o subtítulo eis aqui o gigante adormecido. Creio que ele retrata nosso país no imaginário de muita gente amargurada e revoltada que protesta pelas ruas. É grande, gigantesco, mas é oco. Está caído; está perneta. É uma figura patética, é um bufão carnavalesco. Embora pareça cordial, seu estado de abandono denuncia desmazelo e no limite, configura um quadro policial onde a violência atua como protagonista e ocupa todo o palco.

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